O Ministério do Trabalho dos EUA disse que a economia do país gerou 236.000 postos de emprego no mês passado, superando as projeções anteriores de um aumento de 160.000. A taxa de desemprego caiu para 7,7%, o menor nível desde dezembro de 2008, de 7,9% atingidos em janeiro.
Dados robustos somaram-se às especulações com relação a um encerramento antecipado do programa de flexibilização do Federal Reserve, impulsionando a demanda pelo dólar norte-americano.
O dólar norte-americano subiu acentuadamente em relação ao iene, com USD/JPY atingindo uma alta da sessão de 96,56, o maior nível desde agosto de 2009, antes de se estabilizar em 96,04, em alta de 1,27% no dia e de 2,73% na semana.
O euro caiu para o menor nível desde 11 de dezembro em relação ao dólar norte-americano, com EUR/USD recuando para 1,2956, uma baixa da sessão, antes de se estabilizar em 1,2997, em queda de 0,85% no dia e de 0,29% na semana.
O iene permaneceu sob pressão uma vez que as expectativas de medidas mais agressivas de flexibilização por parte do Banco do Japão permaneceram intactas.
O Banco do Japão manteve o tamanho do seu programa de compra de ativos inalterado em ¥ 76 trilhões, na quinta-feira, na reunião final do presidente Masaaki Shirakawa, antes de o próximo presidente, Haruhiko Kuroda, assumir o cargo no mês que vem.
Em uma audiência parlamentar de confirmação realizada no início da semana, Kuroda disse que não definiria nenhum limite para o montante de capital que o banco central injetará na economia.
O euro recuperou-se mais de 1% em relação ao dólar norte-americano na quinta-feira após comentários menos pacifistas que o esperado feitos pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, na coletiva de imprensa pós-reunião de política do banco.
Draghi disse que a política monetária permanecerá firmemente acomodativa e adicionou que a confiança estava retornando aos mercados financeiros.
A moeda única ignorou um rebaixamento de um ponto da Itália feito pela agência de classificação Fitch’s na sexta-feira, citando resultados eleitorais inconclusivos e um agravameto da recessão.
Na sexta-feira, a libra esterlina atingiu uma nova baixa de dois anos e meio em relação ao dólar norte-americano, com GBP/USD caindo para uma baixa de 1,4887, antes de se estabilizar em 1,4912, em baixa de 0,69% no dia e de 1,46% na semana.
O sentimento em relação à libra permaneceu fraco em meio a preocupações com as perspectivas de uma terceira entrada em recessão e com a possibilidade de mais flexibilização por parte do Banco da Inglaterra.
Nesta semana, os investidores estarão observando atentamente os dados norte-americanos sobre as vendas no varejo, produção industrial e inflação para determinar a força da recuperação econômica do país. Os mercados também estarão acompanhando os acontecimentos na zona do euro e as reuniões de política do Banco Nacional Suíço e do Banco da Reserva da Nova Zelândia.
Antecipando-se à próxima semana, a Forexpros compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 11 de março
O Japão deve divulgar dados oficiais sobre os pedidos de máquinas, um indicador importante da produção.
Na zona euro, a França deve produzir dados do governo sobre a produção industrial.
Na Europa, a Suíça deve divulgar dados oficiais sobre as vendas no varejo, um indicador do governo para os gastos dos consumidores, que representa a maior parcela da atividade econômica geral do país.
Terça-feira, 12 de março
O Banco do Japão deve publicar a ata de sua reunião de política monetária. A ata fornece aos investidores insights valiosos sobre as condições econômicas do ponto de vista do banco.
A Austrália deve divulgar um relatório sobre a confiança no ambiente de negócios, um indicador importante da saúde econômica.
O Reino Unido deve divulgar dados oficiais sobre a produção manufatureira e industrial, indicadores importantes da saúde econômica, bem como dados oficiais sobre a balança comercial do país, a diferença de valor entre importações e exportações.
No final do dia, os EUA devem publicar dados sobre o saldo do orçamento federal.
Quarta-feira, 13 de março
A Austrália deve divulgar um relatório sobre o sentimento do consumidor, um indicador importante dos gastos dos consumidores, bem como dados oficiais sobre os financiamentos de imóveis.
A zona do euro deve produzir dados oficiais sobre a produção industrial, ao passo que a Itália deve realizar um leilão de títulos públicos de 10 anos.
Os EUA devem divulgar dados sobre as vendas no varejo, bem como dados oficiais sobre os preços de importação, estoques das empresas e reservas de petróleo bruto.
No final do dia, o Banco da Reserva da Nova Zelândia deve anunciar sua taxa básica de juros. O anúncio da taxa será acompanhado pela declaração da taxa de juros do banco, que contém informações valiosas sobre as condições econômicas atuais e futuras do ponto de vista do banco, e será seguido por uma coletiva de imprensa.
Quinta-feira, 14 de março
A Austrália deve divulgar dados do governo sobre a alteração na quantidade de pessoas empregadas e a taxa de desemprego, um indicador econômico importante.
O Banco Nacional da Suíça deve anunciar sua taxa Libor. O anúncio da taxa será acompanhado pela avaliação da política monetária do banco, que contém informações valiosas sobre as condições econômicas atuais e futuras do ponto de vista do banco.
O BCE deve divulgar seu boletim mensal, que fornece uma análise detalhada das condições econômicas atuais e futuras da perspectiva do banco. Enquanto isso, os líderes da União Europeia devem realizar o primeiro de dois dias de uma reunião econômica.
O Canadá deve produzir dados oficiais sobre a inflação aos preços de imóveis novos, um indicador importante da demanda no setor imobiliário.
Os EUA devem divulgar dados do governo sobre o índice de preços ao produtor, um indicador importante da inflação ao consumidor e um relatório semanal do governo sobre os pedidos novos de seguro desemprego.
Sexta-feira, 15 de março
Os líderes da União Europeia realizarão o segundo dia de uma reunião de dois dias em Bruxelas. Enquanto isso, a zona do euro deve produzir dados oficiais sobre o índice de preços ao consumidor, que representa a maior parcela da inflação geral do país.
A Suíça deve divulgar dados oficiais sobre o índice de preços ao produtor.
Os EUA devem resumir a semana com dados oficiais sobre a inflação ao consumidor e com dados preliminares emitidos pela Universidade de Michigan sobre o sentimento do consumidor. Os EUA também deve divulgar dados sobre a produção industrial, a taxa de utilização de capacidade e atividade manufatureira no estado de Nova York.
